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terça-feira, 22 de março de 2011

Na estreia de ‘Morde & Assopra’, Klara Castanho dá aula de atuação a Marcos Pasquim.


Os atores Marcos Pasquim e Adriana Esteves (620)
Os atores Marcos Pasquim e Adriana Esteves serão par romântico em ‘Morde & Assopra’

Para além do texto cômico inerente à faixa das sete, das tramas fáceis de folhetim e mesmo do terremoto no Japão, infeliz coincidência da novela com a recente tragédia ocorrida no país, o que chamou atenção na estreia de Morde & Assopra foi o embate entre a pequena Klara Castanho (Tonica) e Marcos Pasquim (Abner), filha e pai na história de Walcyr Carrasco. Mais natural e convincente, Klara dá uma aula de atuação a Pasquim, que dessa vez, pelo menos, aparece de camisa no vídeo.

O ator encarna um fazendeiro que, acossado por uma crise econômica, precisa fazer dinheiro com uma boa colheita de café. Ele se sente ameaçado pelo arqueólogo Tiago (André Bankoff), que quer escavar suas terras em busca de ossos de dinossauro. A tensão entre o fazendeiro e a arqueologia vai se repetir diversas vezes na novela, mas com tempero sexual, já que Júlia (Adriana Esteves) também embarcará no projeto de encontrar um tiranossauro em Preciosa, no interior paulista.

Foi por Júlia que Carrasco manteve na trama o terremoto, gravado há cerca de um ano. O desastre fez com que a personagem perdesse a pesquisa que realizava no Japão e retornasse ao Brasil, onde conhece Tiago e Abner. Com ela, voltam Cristiano (Paulo Vilhena, que deveria ter aulas de gagueira com Colin Firth) e Virgínia (Bárbara Paz, na pele de mais uma personagem esquisita).

Virgínia é uma das vilãs da trama, que conta também com Vanessa Giácomo (Celeste) na turma do mal. A personagem de Bárbara é amiga de Júlia, mas a trai com seu noivo John, com quem vende fósseis no mercado negro.

A relação entre Júlia e Abner será um dos eixos da trama. O outro será a relação entre Ícaro (Mateus Solano, excelente como sempre) e Naomi (Flavia Alessandra). No primeiro capítulo, viu-se Ícaro buscar um especialista japonês para recriar como robô a mulher, cuja morte não consegue aceitar. É no Japão que ele conhece Júlia, a quem conta sobre as escavações no interior de São Paulo.

O recurso de mesclar humanos e robôs é arriscado e já deu errado em outros folhetins – como Tempos Modernos, que amargou audiência média de pouco mais de 20 pontos. E pode ser um ponto frágil da trama. Vai depender, é claro, de como Carrasco dirigirá a história.

Outro ponto que chamou atenção na estreia de Morde & Assopra foi a quase inexistência de intervalo comercial: houve apenas um, depois da abertura animada com robô e dinossauro. A estratégia, comum a estreias, também deve ter sido útil para impedir espectadores de mudar de canal e conferir a entrada de Rebelde na grade da Record.

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