Depois de três altas consecutivas, o dólar encerrou a semana em queda nesta sexta-feira (18) - depois de operar no campo negativo por todo o dia.
A moeda norte-americana recuou 0,94%, vendida a R$ 1,670. Esta é a maior retração desde o dia 4 de novembro de 2010.
Apesar desta queda, no acumulado da semana, o dólar registra valorização de 0,24%; no mês, a alta é de 0,42%.
"É basicamente um ajuste ao movimento de ontem, quando o dólar subiu forte no 'vazio'", comentou Danilo Campos, operador de câmbio da Flow Corretora.
Na véspera, a divisa dos Estados Unidos avançou 0,71%, alcançando o maior patamar desde janeiro, por desmonte de exposição vendida no mercado futuro após parte do mercado interpretar uma notícia sobre aumento de tributos para bebidas frias como elevação de alíquota para entrada de capitais no país.
Dados da BM&FBovespa corroboram tal movimento. De quarta para quinta-feira, os não-residentes reduziram em US$ 1,947 bilhão as apostas na queda do dólar (ou valorização do real).
"O real foi a moeda que mais caiu na quinta-feira. A reduzida volatilidade nos últimos meses levou investidores a montarem posições compradas em real", escreveram os analistas do departamento de câmbio para mercados emergentes do banco francês BNP Paribas. "Por ora, estamos neutros com relação ao real."
Para Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, a recuperação dos mercados acionários internacionais neste pregão -- associada à queda do dólar no exterior -- também favoreceu a fraqueza da moeda norte-americana ante o real.
Nesta sexta-feira, o Banco Central (BC) manteve a estratégia de atuação no câmbio e realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Na próxima semana, investidores ficarão atentos à tradicional divulgação do fluxo cambial doméstico e a indicadores de atividade nos Estados Unidos, como o índice do Federal Reserve de Chicago e as vendas de moradias novas, ambos de fevereiro.
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